14.6.06

O rouxinol e a rosa



Era uma vez, um Rouxinol que vivia em um jardim. No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs. Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim. Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela. O Rouxinol, comia os farelos, acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele. Assim criou um grande afeto, pelo jovem que se importava em alimentá-lo, mesmo com migalhas. O jovem um dia se apaixonou. Ao se declarar a sua amada, ela disse que só aceitaria seu amor, se como prova, ele desse a ela, na manhã seguinte, uma Rosa vermelha. O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade, sua busca foi em vão, não encontrou nenhuma Rosa para ofertar a sua amada. Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou a ele, que poderia presenteá-la com Petúnias, Violetas, Cravos, menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível conseguí-las, naquela estação. O Rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado pela desolação do jovem, teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor. Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que assim falou: - Na verdade, você pode conseguir uma Rosa Vermelha para teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar-lhe a vida! - Não importa respondeu a ave. O que devo fazer? - Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço é muito grande, seu peito pode não agüentar. - Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo! Quando escureceu, o Rouxinol, se emaranhou em meio a uma roseira, que ficava frente a janela do jovem. Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre, precisava caprichar na formação da flor. Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava em seu peito. O rouxinol não parou, continuou seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida! Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que foi se acumulando sobre o galho da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu. Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa. Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse: - Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos, pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que escutar seu canto chato.
Moral da história:
Cada um, dá o que tem no coração, cada um recebe com o coração que tem. É trsite saber como ha pessoas tao ingratas, e sem coraçao:(

6 Comentários:

Blogger ¦☆¦Jøhη¦☆¦ disse...

Bom dia!

Uma história muito bonita, com um moral tão verdadeiro quanto a sua beleza. Existem certas caracterisiticas humanas que eu detesto, e a ingratidão está certamente num local elevado nessa lista. Por vezes ainda nem acabámos de fazer o favor e já estamos a ser mal pagos! Por outras palavras, já estamos a levar o famoso "chuto no cu"...

Quanto à tua questão deixada no diário: sim, nasci e vivo em Évora :) terra que adoro, mas que realmente consegue ter um clima algo chato... pessoas que vêm de outros climas melhores costumam dar-se mal por aqui... ainda mais se vêm cá no Verão...

Um beijinho, João

14 junho, 2006 09:18  
Blogger O Turista disse...

Sem dúvida com uma moral deveras verdadeira...
Beijokas linda,

O Turista - http://www.turistar.blogspot.com/

14 junho, 2006 16:01  
Blogger Raquel disse...

Linda história. Às vezes não sabemos questionar os milagres da nossa vida e fazemos maus julgamentos.
Obrigada pelo teu comentário no meu blog.
Silêncio Aberto

14 junho, 2006 18:50  
Blogger alice disse...

boa noite, claudia

vim retribuir e agradecer a tua visita

gostei de conhecer o teu blog

um bom feriado para ti

beijinho,

alice

14 junho, 2006 21:58  
Blogger Carla disse...

Beijos e bom feriado

15 junho, 2006 00:53  
Blogger José Leite disse...

A ingratidão também é uma planta no jardim... mas não a cultivo... ela nasce espontaneamente... espero que seque.... Ai rouxinol, rouxinol!

15 junho, 2006 10:13  

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